quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

De tudo sou capaz


De tudo sou capaz...
Posso sonhar, caminhar, seguir em frente...
Trilhar o meu caminho.
Sou capaz de ser capaz, sou capaz de sorrir,
Mesmo quando a vida me pede pra chorar.
Sou capaz de lutar, sofrer, chorar, sorrir...
Sou capaz de tudo, basta desejar, ser forte, saber lutar,
E nunca desanimar.
Sou capaz de mostrar que você é capaz.
Sou capaz de muitos capacitar.

o caminho

Em meio a escuridão, meus olhos se fecham.
Nada em minha vida faz sentido.
Tudo anda para trás...
Meus passos não mais são guiados pela luz divina.
Acho que até Deus se esqueceu de mim,
Se nem mesmo ele sabe reconhecer o que faço,
Se não recebo uma palavra de conforto... Um abraço.
Se não mais tenho vontade de sonhar, se não tenho coragem para lutar.
Se tudo escureceu e nada mais consigo enxergar.
Não sei e não consigo entender o porquê da minha dor,
O fundamento da minha tristeza.
Procuro... Mas não encontro a resposta para as minhas próprias dúvidas.
Estou sempre procurando o melhor para mim e para todos que me cercam,
Mas percebo que o caminho do bem tem mais pedras
E espinhos do que imaginava.
Mas quem sabe se tivermos força e soubermos saltar as pedras
E vencer a dor dos espinhos que furam, machucam a alma,
Conseguiremos assim alcançar o alto da montanha
E de lá de cima gritar para todo mundo ouvir:
- Sofri, lutei e venci!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Enquanto eu viver

Enquanto eu viver
Quero viver acordada
Enxergar as injustiças e revoltar-me.

Quero sentir raiva
 A raiva  justa
Que dá impulso as minhas ações.

Quero expressá-la
Por meio das lágrimas que caem dos meus olhos
Quero sofrer o sofrimento do outro
Quero sentir a fome dos famintos
Quero sentir o frio das calçadas escuras e tristes.

Quero andar descalço
Pisar nos espinhos
Quero queimar-me nas chamas de uma fogueira,
Se preciso, para levar a verdade
Fazer justiça...

Quero revoltar-me com a revolta dos justos
Quero ser o escudo, a espada ou o punhal
Quero lutar a favor dos justos injustiçados
Dos pobres humilhados
Dos esfarrapados esquecidos.

Não quero apenas passar pelo mundo
Eu quero estar no mundo e com o mundo.

Amores sem cores

Amores sem cores,
Sem perfumes,
Sem flores.
Amores que vem, amores que vão...
E este é o meu eterno lamento!

Amor passageiro, risonho, leve e solto.
Amor para brincar de amar
E fingir que amo.

Juras eternas, amores eternos
Que sobrevivem por um momento,
Depois viram tormento e descontentamento...

Amo! Ainda que eu  não ame,
Mas finjo amar para ouvir: "eu te amo"!

Alma

Sou um corpo repleto de várias almas.
Almas que riem e que choram,
Que se estranham...
Que se refugiam em busca de paz.


Desequlíbrio e inconstância.
Querer ir sem forças para andar.
Querer me perder para me encontrar e me abraçar...

Hoje


Já dizia o velho e bom Raul Seixas: “eu prefiro ser esta metamorfose ambulante
do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”.
Assim me descrevo: uma metamorfose ambulante!

Tenho a mente aberta.
Aceito o que é novo.
Não acredito em elogios, mas posso fingir quando quero
Assim, não me iludo. Às vezes tento iludir.
Não quero nada com ninguém, quero tudo com alguém.

Agora posso estar chorando por você.
Amanhã?!  Estarei a rir da tua cara.
Hoje estou triste, tenho vontade de chorar.
Amanhã... Dando gargalhadas em frente ao espelho.
Agora sou princesa. Amanhã?!
Gata borralheira.

Tenho tudo e não quero nada
Nada tenho e quero tudo!
Hoje quero ser só tua.
Amanhã... De ninguém.
Agora quero a solidão.
Amanhã, a multidão.
Hoje posso estar sóbria,
Amanhã?! Ah, eu quero embriagar-me,
Descer do salto, rodar a baiana.
Hoje eu quero pão com manteiga
Amanhã... Manteiga com pão.

Hoje sou muda e surda.
Amanhã: eu grito! Faço escândalo,
Ouço atrás da porta.
Hoje eu sou anjo e estou no céu.
Amanhã?!  Demônio: queimo no inferno!

Agora eu não te quero,
Amanhã eu te venero.
Hoje te desprezo
Amanhã eu corro atrás.

Hoje eu danço, pulo e canto.
Amanhã?! Sofro pelos cantos...
Hoje estou fria;
Amanhã, estarei em chamas.

Hoje, posso ser simplesmente, a pedra do teu sapato
Amanhã... A montanha em teu caminho.
Hoje sou como a noite: escura, misteriosa e sombria.
Amanhã... Como um dia de sol: iluminado e contagiante.

Hoje, estou pelo avesso
Amanhã, partida ao meio.
Hoje sou uma folha em branco.
Amanhã...
Serei apenas cinzas que o vento leva.