terça-feira, 14 de setembro de 2010

Alma dilacerada

Alma dilacerada
A grande faca que me sangra
Corta o meio seio, rasga  minhas entranhas.

Dilacerado és o meu ser
Um ato violento: um estupro.

Pedaços de mim ainda sangram
Há cicatrizes que não cicatrizam...
Com ferro fui ferida
E ferida que a ferro se faz
Para sempre estará viva.

A rosa viçosa

São tantas as dúvidas, os anseios, as angústias...
Em meio a tudo isso, desabrocha uma flor
Surge uma nova vida.


Um botão que se abre para o mundo
Levado pelo impulso da natureza
Gotas de orvalho descem,
escorrem por entre as pétalas.


Gotas que pingam como um suor
A desbravar um corpo ardente.
Uma rosa que viu o mundo e para ele se abriu.


Ah! a rosa tão viçosa que para o sol se insinua
Causando ciúmes até para a lua...
E o vento, traiçoeiro, sopra
A espalhar todo o seu cheiro...
E deixa em êxtase tudo que tem vida.