segunda-feira, 16 de abril de 2012

Tempo


A partir de hoje, prometo fidelidade a mim mesma.
Não esperarei elogios para acreditar que sou capaz
Darei tempo ao meu próprio tempo
O tempo de minha alma
Agora percebo que sou como o pão
Preciso ter tempo para a minha fermentação
Sozinha num canto, eu cresço feito a massa de pão
Só assim, na quentura de um forno, cresço, tomo forma
Torno-me “pão”
Todas as coisas no mundo têm seu tempo
Que não é o tempo do relógio
Que nos torna robóticos
Máquinas ansiosas
E perdemos o tempo
Ou será que estamos perdidos no tempo?
O tempo do relógio humano
Engoliu o tempo das coisas
 O tempo de cada um
E assim, não respeitamos o nosso próprio ritmo
Não encontramos tempo para nós mesmos
Somos engolidos pelo tempo

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